quinta-feira, 30 de julho de 2015

Vacina experimental contra coronavírus MERS com resultados promissores em animais

Vacina experimental contra coronavírus MERS com resultados promissores em animais

Ratos vacinados produziram anticorpos que neutralizaram a MERS, de acordo com um estudo do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos.

Uma vacina experimental contra a Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) mostrou sinais promissores em testes em animais, gerando uma resposta do sistema imunitário que pode abrir caminho a uma vacina para pessoas, revelaram hoje investigadores.
Atualmente, não há vacina contra o coronavírus, que surgiu pela primeira vez em 2012 e causou vários contágios, inclusive um surto na Coreia do Sul.
Ratos vacinados produziram anticorpos que neutralizaram a MERS, de acordo com um estudo do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos.
As vacinas que causaram as maiores respostas imunitárias em ratos foram depois administradas em macacos.
Quando tomaram a vacina, sendo depois expostos a uma versão do vírus, os macacos ficaram protegidos de uma grave infeção pulmonar característica da MERS.
Os investigadores estão agora a trabalhar em versões da vacina que possam ser testadas em humanos.
Na Coreia do Sul o surto de MERS infetou cerca de 180 pessoas e matou 36. A Organização Mundial de Saúde identificou 1.368 casos desde 2012, incluindo 490 mortes, a maioria na Arábia Saudita.

Sexta-feira [31/07/2015] é noite de lua azul

A última lua azul foi em agosto de 2012

Amanhã olhe para a lua. O satélite da Terra não vai estar mais azul do que o costume, mas o fenómeno é raro na mesma.

Não, o nosso satélite natural não vai surgir nos céus azul. "Lua azul" é o nome que se dá à segunda Lua Cheia que ocorre num mês - e como este mês já houve uma a 2 de julho a próxima será "azul". O fenómeno é relativamente raro e repete-se apenas em janeiro de 2018.
As luas azuis ocorrem porque o mês lunar não está sincronizado com os nossos meses. São precisos 29,5 dias para que a Lua faça uma órbita em redor da Terra, tempo durante o qual vemos o satélite em todas as suas fases - da Lua Cheia à Lua Nova, passando pelos quartos minguante e crescente. Os meses têm 30 ou 31 dias (exceto fevereiro), pelo que ocasionalmente há duas luas cheias no mesmo mês. À segunda dá-se o nome de lua azul.
Em inglês existe a expressão "once in a blue moon", que significa literalmente "uma vez numa lua azul", para se fazer alusão a um acontecimento raro. A última lua azul foi registada em agosto de 2012 e antes disso em dezembro de 2009.
De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa, "a origem da designação lua azul remonta ao século XVI, quando algumas pessoas que observavam a Lua a olho nu achavam que ela era azul". Segundo a mesma fonte, "anos depois, discussões a respeito deste assunto, mostraram que era um absurdo a lua ser azul, o que gerou um novo conceito para lua azul como significado de 'nunca'. Com esse significado de algo muito raro, começou-se a dizer que a segunda Lua Cheia de um mês era uma lua azul".
Há contudo casos na história em que a Lua apareceu mesmo nos céus com a cor azul. Em 1883, quando se deu uma explosão no vulcão Krakatoa, na Indonésia, os gases em expansão na atmosfera fizeram com que Lua tivesse uma aparência azulada na altura em que estava próxima do horizonte. Outro episódio remonta a 1951, quando um grande incêndio florestal no Canadá lançou muitas partículas na atmosfera, criando o mesmo efeito.

Estudo revela que diabetes reduz fertilidade masculina

Estudo revela que diabetes reduz fertilidade masculinaOs investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra descobriram que os níveis elevados de açúcar podem reduzir a produção de esperma.
Um estudo desenvolvido por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) de Coimbra revela que a diabetes pode contribuir para a infertilidade masculina, anunciou hoje a Universidade daquela cidade.
"Os níveis elevados de açúcar [no sangue] não têm efeito direto nos espermatozoides, mas poderão comprometer a produção de esperma, contribuindo assim para a infertilidade masculina, evidencia um estudo desenvolvido por uma equipa de investigadores do CNC", afirma uma nota da Universidade de Coimbra (UC), hoje divulgada.
O elevado nível de açúcar no sangue (a hiperglicemia) "desempenha um papel importante, mas não decisivo, na disfunção do espermatozoide maduro", sustenta Sandra Amaral, especialista que lidera o estudo.
"Neste sentido, temos conduzido mais investigação, que irá ser publicada brevemente, que sugere que a hiperglicemia influencia mais o processo da formação dos espermatozoides (a espermatogénese), do que os espermatozoides em si", acrescenta a investigadora do grupo de Biologia da Reprodução e Células Estaminais do CNC.

Para Sandra Amaral "este trabalho constitui um passo importante no esclarecimento dos mecanismos de ação da diabetes no sistema reprodutor masculino, permitindo delinear novas abordagens para estudos futuros".
A pesquisa realizou-se num sistema 'in vitro', possibilitando controlar e identificar todas as condições às quais os espermatozoides são expostos, refere a UC, sublinhando que este estudo é inovador, por "avaliar vários parâmetros de funcionalidade espermática, que não são usualmente avaliados", mas que "fornecem informação muito mais detalhada sobre esta célula tão particular".

Nas últimas décadas, tem-se assistido a "um notório aumento do número de casos da diabetes em todo o mundo, sendo que, atualmente, ultrapassa já um milhão de casos em Portugal", que é "um número preocupante" para uma população com a dimensão da portuguesa.
A diabetes constitui uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos e "tem efeitos prejudiciais em quase todos os sistemas de órgãos", não sendo o sistema reprodutivo uma exceção.
"Apesar de a diabetes ser uma doença multifatorial, existem várias indicações de que a hiperglicemia será o principal promotor das alterações promovidas pela doença", sustenta Sandra Amaral.
Mas "não excluímos a possibilidade do envolvimento de outros fatores, como o stress oxidativo ou processos inflamatórios que, conjuntamente com a hiperglicemia, poderão ter efeitos igualmente nefastos nos espermatozoides", observa a investigadora.
Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), o estudo, que já foi publicado na revista 'Reproduction', foi desenvolvido, ao longo de vários anos, em colaboração com o serviço de Reprodução Humana do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
O grupo de investigadores envolvidos neste trabalho é constituído, além de Sandra Amaral, por Renata Tavares e por Joana Portela (primeiras autoras), por Paula Mota e por João Ramalho-Santos, que é presidente do CNC.


Identificado tratamento para evitar recaídas na leucemia mieloide crónica

A equipa liderada por Carsten Riether identificou "um mecanismo para a resistência ao tratamento" neste tipo de cancro


A equipa de investigadores identificou "um mecanismo para a resistência ao tratamento" neste tipo de cancro.

Um estudo publicado na revista Science Translational Medicine identificou um tratamento para evitar recaídas em pacientes de leucemia mieloide crónica, uma doença que representa cerca de 9% dos casos de leucemia.
No artigo, publicado na quarta-feira e intitulado "Um duplo golpe contra a leucemia mieloide crónica", é explicado como um grupo de investigadores, liderados por Carsten Riether, da Universidade de Berna (Suíça), acredita ter encontrado forma de evitar que, após receberem tratamento, os pacientes tenham recaídas.
A leucemia mieloide crónica é habitualmente tratada com a substância ativa 'imatinib' e outros inibidores de tirosina cinases (enzima).
No entanto, de acordo com o artigo, estes tratamentos não erradicam as células-mãe da leucemia, o que faz com que alguns pacientes tenham recaídas.
A equipa liderada por Riether identificou "um mecanismo para a resistência ao tratamento" neste tipo de cancro, que se pode obter inibindo a atividade da molécula CD70, algo que, de acordo com o estudo, pode permitir criar aplicações clínicas.

Os misteriosos arcos vermelhos de uma lua de Saturno

Uma das imagens divulgada pela agência espacial onde são visíveis os raios avermelhados


Há uma espécie de grafiti encarnado à superfície de Tétis. A NASA ainda não tem explicação e precisa de ver mais de perto.

Não é grafiti, mas parece. A sonda Cassini, da NASA, captou no passado mês de abril as imagens que estão a surpreender os responsáveis pela missão. Só agora tornadas públicas, mostram alguns arcos encarnados que atravessam a superfície gelada de Tétis, uma das luas de Saturno. "São algumas das imagens a cores mais insólitas captadas até agora pelas câmaras de Cassini", admite a agência espacial norte-americana.
Nas fotografias, foram utilizados filtros especiais verdes, infravermelhos e ultravioletas, para que ficassem destacadas até as mais leves diferenças de cor que estavam invisíveis ao olho humano.
Estes arcos avermelhados já tinham sido detetados de forma difusa em anteriores observações da sonda, que desde 2004 está na órbita de Saturno. Mas as últimas imagens recolhidas, com melhores condições de iluminação, permitem observar com nitidez grandes áreas do hemisfério norte de Tétis, atravessado pelos arcos encarnados, de enormes dimensões.
O fenómeno não tem, até ao momento, qualquer explicação plausível para os cientistas da NASA. Poderá tratar-se de "gelo exposto com impurezas químicas", ou "o resultado de gases expulsos" do interior da lua. Outra hipótese sob investigação aponta para que estes arcos sejam afinal fraturas à superfície de Tétis, captadas a uma resolução demasiado baixa, que não as define com nitidez.
Esta espécie de grafiti não é comum nas luas de saturno, tendo sido observado apenas em pequenas crateras de Dione, outro dos satélites naturais do planeta, e na superfície da jovem lua Europa. "Os arcos vermelhos deverão ser geologicamente recentes, uma vez que atravessam outros relevos, como crateras de impacto, nas não sabemos quantos anos têm", admitiu o cientista Paul Helfenstein, que ajudou a planear as observações da sonda Cassini. "Se estas marcas são apenas finas camadas sobre o solo gelado, a exposição às condições ambientais na superfície de Tétis pode apagá-las em relativamente pouco tempo", explicou.
A equipa responsável pela missão está agora a planear novas observações, que deverão acontecer até ao final do ano, no mês de novembro, de forma a perceber a composição e a origem dos invulgares traços avermelhados.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Países chegam a acordo para medidas contra aquecimento global - DN

Países chegam a acordo para medidas contra aquecimento global

Os países participantes na Cimeira do Clima, no Perú, decidiram hoje que todos terão de aprovar medidas para combater o aquecimento global, mas deixou muitas frentes de debate em aberto.

De acordo com o documento final da cimeira aprovado hoje, em Lima, intitulado "A chamada à ação de Lima", todos os países terão de apresentar à Organização das Nações Unidas (ONU), antes de 01 de outubro de 2015, compromissos "quantificáveis", "ambiciosos" e "justos" de redução de gases de efeito de estufa.
Também ficou decidido que terão de apresentar informação detalhada das ações para conseguir que essa diminuição se cumpra efetivamente. 
Outro grande avanço do acordo de Lima, após a apresentação destes compromissos, é que a Secretaria da Convenção da Mudança Climática irá analisar o impacto dessas contribuições nacionais para verificar se são suficientes para que a temperatura do planeta não aumente mais do que dois graus no final deste século. 
No sábado à noite as negociações chegaram a estar paralisadas, e foram feitos apelos por parte de alguns participantes, nomeadamente dos Estados Unidos, no sentido da obtenção de um acordo global em defesa da Terra. 
O encontro em Lima deveria ter terminado na sexta-feira, com os representantes dos 190 países presentes na cimeira a desenharem um esboço para um novo acordo, que irá substituir o Protocolo de Quioto. 
No entanto, a falta de consenso obrigou a que os trabalhos fossem prolongados, numa tentativa de acertar os termos do esboço para um novo acordo que deverá ser celebrado em 2015, em Paris. 
O acordo de Paris deve entrar em vigor em 2020, mas até lá os países devem começar a atuar para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa e adaptar-se às alterações climáticas.  
Os países desenvolvidos comprometeram-se a reduzir as emissões e a contribuir com 100 mil milhões de dólares de ajuda anual aos países do Sul, até 2020.  
Os representantes estiveram reunidos em Lima desde o dia 01 de dezembro para desenhar a fórmula que será usada pelos países durante 25 anos para proteger a Terra do aquecimento global. 


sábado, 17 de janeiro de 2015

Exploração industrial dos oceanos levará a extinções - DN

A baleia-de-bossa é um dos cetáceos mais ameaçados

Declínio das espécies marinhas, desde os peixes às tartarugas ou cetáceos, faz antever futuro sombrio nas próximas décadas.

Primeiro foi em terra e agora a ameaça pende sobre a vida marinha. Com a revolução industrial e a exploração indiscriminada dos recursos terrestres - abate de florestas para consumo das madeiras, sobreutilização dos solos para a agricultura intensiva e criação de gado, extração de minérios do subsolo e poluição da água por causa disso tudo -, a biodiversidade sofreu grandes perdas nas últimas décadas. Agora está a começar a acontecer nos oceanos e o que segue é o efeito dodó nos mares, senão houver medidas para tornar sustentáveis as atividades humanas, alertam os cientistas.
Os sinais de exploração industrial dos recursos marinhos já são visíveis, afirma um grupo de cientistas de várias universidades dos Estados Unidos que foi coordenado pelo biólogo marinho Douglas McCauley, da Universidade da Califórnia, Santa Bárbara.
Leia mais na edição impressa ou no e-paper do DN.

sábado, 16 de agosto de 2014

7º Facto: A pedra pomes é a única que flutua



A pedra pomes forma-se quando lava quente altamente pressurizada é ejectada de um vulcão. A queda repentina de pressão e o arrefecimento rápido a pressionam bolhas de gás na rocha, dando-lhe menor densidade do que a agua.

6º facto: Os músculos lembram-se

     A primeira vês que faz uma acção- como atar sapatos-, é estranho, mas com repetições suficientes torna-se natural. O cérebro guarda conjuntos de informações motoras, permitindo executar varias tarefas sem esforço consciente. A memoria muscular é repetida durante muito tempo, logo, é raro perder completamente capacidades como conduzir.

5º Facto: As borboletas provam com as plantas



     A região terminal das patas posteriores das borboletas, cujo nome técnico é tarso, é revestida de quimiorrecetores- minúsculos órgãos que lhes permitem saborear algo pousado nele. Esta particularidade anatómica permite a uma fêmea escolher uma folha para as suas lagartas comerem antes de por os ovos. De forma mais genérica , após ver uma flor de aspecto saboroso, uma borboleta pode provar uma amostra antes de pousar para comer.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Trigémeos panda nasceram na China

São os primeiros trigémios de panda gigante a sobreviver. A notícia é dada com cautela, enquanto os pequenos animais se instalam no mundo dentro de uma incubadora num parque animal, na China.
Um zoológico chinês divulgou, esta terça-feira, fotografias de três filhotes de panda-gigante que, segundo a France Presse, são os primeiros trigémeos do animal a sobreviver no mundo. Nas fotografias vêem-se um dos filhotes de Juxiao, a mãe, dentro de uma incubadora no Chimelong Safari Park em Guangzhou, na província chinesa de Guangdong.


Os panda-gigante (ainda pequeninos) nasceram na sequência de procedimentos de inseminação artificial. O nascimento das três crias é visto como um milagre, devido à baixa taxa de reprodução de pandas gigantes.
Em comunicado divulgado hoje, a instituição afirma que os filhotes seriam os únicos trigémeos de panda sobreviventes. No entanto, autoridades do mundo animal ainda consideram que os animais são muito jovens para serem classificados como sobreviventes, mas ainda assim são os únicos trigémeos de panda vivos no mundo.
Também hoje, o Telegraph fala na possibilidade da panda Tian Tian, residente no Jardim Zoológico de Edimburgo (Escócia), estar grávida e poder dar à luz no final deste mês. Responsáveis do zoo têm monitorizado Tian Tian desde que ela foi inseminada artificialmente no dia 13 de abril.
Iain Valentine, diretor de pandas no zoológico, disse que "isto tudo é ciência muito nova e complexa e ainda vamos a tempo para que, tal como no ano passado, a perda tardia de um filhote permaneça inteiramente possível", confessou ao jornal britânico referindo-se ao aborto da fêmea Tian Tian, após esta ter sido inseminada artificialmente.

Durante os últimos anos têm sido várias as iniciativas de aviso para o risco de extinção do panda- gigante e para recolha de alguns fundos para a sua proteção. O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) alertou, em 2009, para o desaparecimento em duas ou três gerações do panda-gigante na China, devido o rápido crescimento económico que tem vindo a destruir o habitat natural destes animais, o que dificulta a sua reprodução.
Na mesma altura contabilizavam-se cerca de 1600 pandas a viverem em liberdade na China, a maioria nas províncias de Sichuan (sudoeste), Shaanxi (Norte) e Gansu (noroeste). No entanto, as estimativas da WWF apontavam para 43% dos habitats naturais que não eram áreas protegidas, nos quais continuam a ser construídas infraestruturas que restringem a liberdade de movimentos do panda-gigante, obstruindo rotas de migração e prejudicando a saudável troca de genes entre representantes da espécie.


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

4º Facto: A Torre Eiffel pode ter mais 15 cm no verão

     Quando uma substancia e aquecida, as suas partículas movem-se mais e ocupam mais volume - a isto chama-se dilatação térmica. Já uma descida de temperatura fá-las contraírem-se novamente. O nível de mercúrio dentro de um termómetro, por exemplo, sobe e desce conforme o volume de mercúrio muda com a temperatura ambiente. Este efeito é mais acentuado em gases mas também ocorre em líquidos e sólidos como o ferro. Por isso, grandes estruturas como pontes são construídas com juntas de dilatação que lhes dão margem para se expandirem e contraírem sem causar danos.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

3º Facto: Os bebés têm cerca de mais cem ossos que os adultos

     Os bebés têm cerca de 300 ossos quando nascem, com cartilagem entre eles. Esta maior flexibilidade ajuda-os a passar pelo canal de parto e permite um crescimento rápido. Com a idade, muitos ossos fundem-se, ficando 206, que compõem um típico esqueleto adulto.

 

Cientistas portugueses estudam a geologia de Marte

Equipa internacional liderada pela Universidade de Coimbra analisa a geologia de Marte com métodos idênticos aos aplicados na Terra.
Pela primeira vez, métodos de datação morfológica de falhas utilizados na Terra foram aplicados em Marte para estimar as taxas de erosão do planeta vermelho.
marteO estudo, desenvolvido por uma equipa internacional coordenada pelo investigador David Vaz, do Centro de Geofísica da Universidade de Coimbra (UC), acaba de ser publicado numa das mais importantes revistas das ciências planetárias – “Earth and Planetary Science Letters“.
A aplicação das mesmas técnicas utilizadas na Terra permitiu verificar que os movimentos das falhas tectónicas são muito maiores do que se pensava até agora, o que implica que a crosta marciana teve um grau de mobilidade muito maior do que era anteriormente assumido pela comunidade científica.
Os resultados indicam também que, pelo menos nos últimos 3 mil milhões de anos, as condições atmosféricas na superfície de Marte terão sido hiperáridas (com taxas de erosão mil vezes menores do que as existentes na Terra).
David Vaz
David Vaz
Os resultados do estudo, segundo David Vaz, «são relevantes para compreender a história geológica de Marte e avaliar o grau de mobilidade da crosta deste enigmático planeta. Estes resultados permitem também verificar que Marte é cada vez mais um planeta deserto e inóspito».
As técnicas foram aplicadas em duas regiões com diferentes idades, mas os investigadores pretendem estender o estudo a todo o planeta, o que permitirá datar e compreender as mudanças climáticas que ocorreram ao longo da história geológica de Marte.

Chegou a nadar, mas volta a voar: Ludo, a foca-cinzenta, é hoje devolvida à costa inglesa na Cornualha

Ludo, a foca-cinzenta arrojada, que esteve sete meses em recuperação no Porto de Abrigo do Zoomarine, viajou esta terça-feira, de avião, para a Cornualha, no sudoeste de Inglaterra, onde, dentro de dias, regressará ao mar.
Em Janeiro, a pequena foca-cinzenta não tinha nome, não tinha família, estava perdida e pesava apenas 18 quilogramas… Mas apenas sete meses volvidos, a evolução é fantástica: o peso mais que duplicou (é, agora, de 48 quilos), o comportamento tornou-se muito mais intenso e curioso e, claro, “evoluiu” de uma anónima “Halichoerus grypus” para o «Ludo».

A história do «Ludo» começou várias semanas antes de arrojar, a 4 de Janeiro, na Praia da Mareta, em Sagres, numa altura de fortes temporais antes de toda a costa atlântica.
Tratava-se de uma cria de foca que havia sido desmamada e que, por força do destino (e das correntes, marés e natações de um bebé inexperiente, devido às suas poucas semanas de vida), havia sido arrastada para as costas de Portugal Continental.
foca cinzentaAventura técnica e biológica envolveu quase oito meses de trabalho e cuidado, dezenas de profissionais, centenas de documentos, vários veículos, duas empilhadoras, duas ou três máquinas fotográficas, uma aeronave da TAP…e uma foca
No entanto, com a intervenção da equipa de reabilitadores afetos ao Porto d’Abrigo do Zoomarine (equipa que inclui biólogos marinhos, veterinários, enfermeiros-veterinários, técnicos de nutrição, técnicos de qualidade de água, entre muitos outros), o «Ludo» está agora muito maior, muito mais forte e apto a tentar um regresso ao meio selvagem.
Devido à área natural de distribuição da espécie, a devolução ao Oceano não poderá ser feita em Portugal, mas sim na costa Sudoeste de Inglaterra, para onde o Porto d’Abrigo do Zoomarine já reenviou outras focas, após terminarem a sua reabilitação.

Desta forma, e repetindo a cooperação com a TAP-Cargo, o «Ludo» irá hoje viajar numa caixa especial colocada na cabine do voo da TAP para Heathrow, onde a esperará uma equipa do Cornish Seal Sanctuary, em Gweek (Cornualha).

Para que a viagem seja rápida e segura, a TAP-Cargo, uma vez mais, adaptou a cabine de uma das suas aeronaves, de modo a que a foca possa viajar junto da sua equipa de reabilitadores, de um representante do ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e de três profissionais da TAP. Será esta equipa que documentará a operação e, acima de tudo, que assegurará, minuto a minuto, o bem-estar e conforto do «Ludo».

A saída do Zoomarine deve ter decorrido há pouco, pelas 14h00, com o voo a partir do Aeroporto de Lisboa marcado para as 19h00.

Após a chegada ao Cornish Seal Sanctuary, o «Ludo» permanecerá alguns dias em aclimatação, após o que o seu regresso ao Oceano Atlântico será incontornável.

Será então que se fechará uma aventura técnica e biológica que envolveu quase oito meses de trabalho e cuidado, algumas dezenas de profissionais, centenas de documentos, vários veículos, duas empilhadoras, duas ou três máquinas fotográficas, uma aeronave da TAP e, claro, uma muito curiosa, muito ativa e muito, mesmo muito sortuda foca bebé…
 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A Lua no horizonte é realmente maior?

Diz-se que a Lua junto ao horizonte parece maior do que quando a vemos mais alta. Todos nos apercebemos disso. Mas é realidade, ilusão ou pura confusão? Vamos desfazer o mito!

A distância média da Terra à Lua, entre os centros destes dois astros, é de cerca de 384 400 km. No entanto, a órbita lunar em torno da Terra tem a forma de uma elipse, descrita em cerca de 27,3 dias, pelo que a distância Terra-Lua não é constante: varia entre cerca de 363 299 km (perigeu), em que a Lua parece maior, até 405 507 km (apogeu), onde é vista com menor diâmetro aparente.
Isso é real e pode medir-se, mas aqui o nosso objetivo é outro: como se explica a diferente perceção visual do diâmetro aparente da Lua, na mesma noite, a diferentes alturas em relação ao horizonte?
Desde que a Lua nasce até ao momento em que atinge a sua altura máxima na mesma noite, passam pouco mais de cinco horas. Por isso, a distância Terra-Lua pouco varia num intervalo de tempo tão curto e podemos considerar, praticamente, essa distância como constante. É a rotação da Terra que nos dá a ilusão se a Lua se mover no céu durante essas poucas horas.
Podem adiantar-se muitas tentativas para justificar a perceção de uma Lua maior junto ao horizonte, a nascente ou a poente: maior proximidade, dizem alguns; pura ilusão, afirmam outros; perceção errónea, para outros ainda. Qual será a explicação para isto?

Figura 1
A Figura 1 mostra como varia a distância da Lua em relação a um observador terrestre, desde que ela nasce até à sua altura máxima. É a Terra que roda, mas o observador, sentindo-se parado, tem a ilusão de que a Lua sobe no céu (movimento aparente).
Mostram-se três posições da Lua em relação ao observador: no horizonte (H), à distância dH; a 45º de altura, à distância d45; no zénite (Z), à distância dZ, situação impossível para a latitude do território português, onde a Lua não excede 76º acima do horizonte.
Por razões de clareza, a distância da Terra à Lua não foi representada à escala, mas as dimensões relativas da Terra e da Lua estão na mesma escala.
Podemos ver que dH é maior do que dZ, por um excesso igual ao raio terrestre (6378 km); junto ao horizonte, a Lua está 1,6% mais longe do observador do que quando se encontra no zénite (se isso for possível para esse observador).
E a 45º de altura está mais longe do que no zénite e mais perto do que quando a vemos no horizonte (a 45º, a Lua está, contas feitas, a menos 71% do raio terrestre do que se estivesse no horizonte: diferença FC).
Mas se a Lua no horizonte está na realidade mais longe do observador do que quando aparece mais alta, como é que todos juramos vê-la maior? Uma distância maior deverá corresponder a um diâmetro aparente menor (e vice-versa). Portanto, o diâmetro aparente da Lua é máximo no zénite, um pouco menor a 45º de altura e ainda menor no horizonte.

Figura 2
Trata-se de um resultado surpreendente, contrário ao senso comum: a Lua junto ao horizonte apresenta de facto um diâmetro aparente menor (menos 1,2% do que em d45). Porque razão nos parece maior? O efeito de vizinhança, e os pormenores da paisagem muito mais próximos do que a Lua, contribuem para essa distorção de perceção (Figura 2). Mas podemos desfazer facilmente essa distorção percetiva.
Faça o Leitor a seguinte experiência simples, numa noite de Lua-cheia já muito elevada sobre o horizonte. Utilize um pedaço de vidro vulgar, colocado em frente dos olhos para ver a paisagem através do vidro e, ao mesmo tempo, refletir a imagem da Lua como se ela estivesse junto ao horizonte (Figura 2 (b)). Verá imediatamente que a Lua lhe parece muito maior.
E pode fazer o inverso: de costas para a Lua cheia muito junta ao horizonte, faça, por reflexão, com que ela pareça estar a grande altura: vai parecer-lhe menor!
Veja o artigo mais desenvolvido em http://apaa.co.pt/Rev43/revista_43_FINAL.pdf (págs. 16-20).
 

Cientistas alertam para intervenção urgente na Antártida

Cientistas alertam para as áreas de intervenção urgente na Antártida. A Nature publica a estratégia a seguir nos próximos 20 anos. O cientista polar português José Xavier é um dos autores deste artigo.
A Antártida é uma das regiões do planeta que tem mostrado sinais de mudanças ambientais bastante rápidas e profundas.
Para definir as prioridades científicas para os próximos 20 anos na região, a Scientific Committee on Antarctic Research (SCAR) reuniu 75 cientistas e decisores políticos, de 22 países, no passado mês de abril. José Xavier, do Instituto do Mar da Universidade de Coimbra (UC), foi o único cientista português a participar nesta cimeira científica.
As principais áreas de intervenção para as próximas duas décadas foram agora publicadas na prestigiada revista Nature (Six priorities for Antarctic science. Nature 512: 23-25).
Esta foi a primeira vez que a Comunidade Antártica Internacional formulou uma visão coletiva, através de discussões, debates e votações.
Partindo de inúmeras questões e problemáticas, os cientistas selecionaram 80 temas repartidos por 6 grandes áreas científicas: definir o alcance global da atmosfera da Antártida e do Oceano Antártico; compreender como, onde e porquê a camada de gelo que se encontra na Antártida (ice sheet) perde massa; revelar a história da Antártida; aprender sobre como a vida na Antártida evoluiu e sobreviveu; observar o espaço e o universo e reconhecer e mitigar a influência humana.
José Xavier, coautor do artigo da Nature, realça que «foi excelente reunir alguns dos melhores especialistas do mundo para definir as áreas estratégicas de investigação. O que se está a passar na Antártida, como o degelo, mudanças da circulação do oceano e a recuperação da camada de ozono, possui consequências globais, seja no clima, no nível da água do mar, na biodiversidade ou na sociedade».
Como coordenador da sessão que reuniu especialistas sobre a vida no Oceano Antártico e Ecologia (Southern Ocean Life & Ecology), José Xavier teve um papel muito ativo na reunião: «concluímos que existem ainda muitas questões científicas importantes por responder. É essencial perceber, por exemplo, quais as espécies que nos podem levar a compreender o funcionamento do Oceano Antártico, que espécies poderão extinguir-se no futuro próximo e como as alterações climáticas afetam, e poderão afetar, as pescas no Oceano Antártico».
Para abordar estas questões levantadas pela comunidade internacional, o investigador da UC defende que «é fundamental haver esforços internacionais coordenados de modo a maximizar o retorno científico enquanto se reduz o impacto humano. Para Portugal, país que possui um pequeno grupo de equipas que fazem ciência nas regiões polares, isso faz todo o sentido!»
 

Definir as grandes prioridades da ciência na Antártida: porque é importante e porquê só agora?

Setenta e cinco cientistas e decisores políticos de 22 países reuniram-se para concordar nas prioridades da investigação na Antártida para as próximas décadas. É a primeira vez que a comunidade científica Antártica formulou tal visão coletiva, obtida através de debates, discussões e votações.
As perguntas lógicas a responder desde já são: porque é importante isso agora? Quais são essas prioridades científicas? O que é preciso para responder satisfatoriamente a essas prioridades?
A Antártida é maior do que o continente europeu, e as mudanças que estão a ocorrer agora nessa região, como a perda de gelo, mudanças na circulação das correntes e a melhoria da camada de ozono possui consequências globais, em todo o planeta.
O que acontece lá pode afetar-nos em Portugal, no Japão, nos Estados Unidos ou em Moçambique, seja através, por exemplo, pelo aumento do nível das águas do mar, através das condições climáticas ou nas mudanças da biodiversidade.
Além disso, a região Antártica também possui recursos marinhos e terrestres que precisam de ser bem geridos ou protegidos.
Nessa reunião que ocorreu em Abril de 2014 na Nova Zelândia, os participantes reduziram mais de 1000 questões científicas propostas pela comunidade científica, para as 80 mais importantes.
Estas questões mais importantes, publicadas na última edição da revista Nature, caíram em 6 grandes temas, desde em definir a influência da atmosfera e do Oceano Antártico no resto do planeta (por exemplo como é que as interações entre o oceano, a atmosfera e o gelo controla a taxa das alterações climáticas?), a compreender como, onde e porquê as camadas de gelo, que estão no continente, estão a diminuir, a conhecer melhor a historia geológica da Antártida (registos do gelo, rochas e sedimentos são necessários para compreender o passado climático), a compreender como a vida na Antártida evoluiu e sobreviveu, a observar o espaço e o Universo (esta é uma das melhores regiões do planeta para observar o espaço) a reconhecer e mitigar a influência humana na Antártida.
Para responder às 80 questões mais importantes, é necessário promover as colaborações e cooperações entre nações, maximizando o retorno científico e reduzindo o impacto humano na região.
Também é necessário que os programas científicos possuam financiamento estável e a longo prazo, e que o acesso ao continente para fazer ciência melhore.
Para mais, medidas de proteção ambiental da Antártida precisam de ser reforçadas. Por exemplo, devido o aumento do turismo, o risco de introdução de espécies não indígenas e de acidentes poderá aumentar.
O Tratado da Antártida, que é responsável pela governação da região, também tem sido testado com o aumento de pressões associadas ao ambiente e a interesses económicos.
O futuro deverá passar por encorajar a criação de projetos internacionais e interdisciplinares, cooperação na partilha de dados e disseminação do conhecimento para os decisores políticos e o público.
Sem dúvida, comunicar a importância global da Antártida é uma prioridade e explicar como a região afeta e é influenciada pela nossa vida diária, deverá ser também o dever da comunidade científica.
Agora, caro leitor, já sabe dizer o porquê da importância da Antártida para o planeta!
 

Kepler-91b é mesmo um (exo)planeta


Recorrendo ao método das velocidades radiais, uma equipa de investigação liderada por espanhóis concluiu, a partir da medição da massa, que Kepler-91b é, de facto, um planeta.
Os resultados da investigação foram publicados no último número da revista Astronomy & Astrophysics. A partir de dados recolhidos no Observatório de Calar Alto (Almería), os cientistas põem fim à controvérsia em torno da natureza de Kepler-91b, um corpo que alguns caracterizavam como planeta de uma estrela gigante e outros como estrela binária eclipsante.
Kepler-91b mede em 1,09 vezes a massa de Júpiter, tendo sido determinado que o diâmetro do objeto seria de 1,38 vezes o diâmetro de Júpiter, contando assim como o primeiro exoplaneta confirmado. Por orbitar tão próximo da estrela KIC 8219268, estima-se que 10 % de todo o céu de Kepler-91b seja ocupado pela mesma. Uma vez tão próximo da estrela gigante, os cientistas afirmam que lhe resta apenas 1% de vida, pois será eventualmente engolido pela própria estrela.
"Conseguimos confirmar, de forma completamente independente e utilizando instrumentação espanhola projetada e desenvolvida no Observatório de Calar Alto, a natureza de Kepler-91b; um planeta que será engolido pela sua estrela e que nos mostra o que acontecerá no Sistema Solar dentro de 4500 milhões de anos" indicou o astrofísico Jorge Lilo-Box, um dos líderes da equipa de investigação.

Criado chip informático inspirado no cérebro humano

Num artigo da revista Science, Paul Merolla e a sua equipa da Universidade de Stanford (Califórnia) apresentaram um novo modelo de chip de computador inspirado pelo cérebro humano que permitirá a novos dispositivos tecnológicos processar a transmissão de dados sensoriais, noticiou o El Mundo.
O TrueNorth, revelado no dia 8 de agosto, foi construído de forma diferente dos chips convencionais que separam a memória do processador, exigindo conectores para transferir dados entre eles. Este novo modelo de chips não necessita deles, tal como o cérebro humano. Também à semelhança desse órgão, o chip será capaz de executar ações somente quando for necessário, reduzindo bastante a potência e, consequentemente, o consumo energético.
Esta nova tecnologia poderá depois possibilitar, por exemplo, a criação de óculos para cegos que façam uma análise do ambiente que os rodeia, permitindo-lhes "caminhar com segurança pelas ruas de qualquer cidade sem necessidade de uma conexão wi-fi", explicaram os investigadores ao El Mundo.
A pesquisa dos investigadores americanos foi aprovada num trabalho da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), que consistiu em reconhecer objetos e pessoas num determinado cenário. Os resultados do teste revelaram que o projeto não é apenas eficiente em termos de energia, mas também é extensível no sentido em que o TrueNorth se pode diversificar, construindo novos sistemas.

Astronauta tira fotos impressionantes da Super Lua

Um astronauta da Estação Espacial Internacional colocou no Twitter fotos impressionantes da expressiva Super Lua que se fez notar por todo o mundo no domingo.
Oleg Artemyev, um astronauta russo da Estação Espacial Internacional, partilhou na sua página do Twitter quatro fotos da Super Lua, fenómeno que se fez notar ontem nos céus portugueses e de todo o mundo. Oleg conseguiu captar o momento em que a Lua se esconde atrás da Terra, num verdadeiro "pôr-de-lua".
Esta é a segunda e a mais expressiva das três Super Luas previstas para se verificarem este ano. A primeira ocorreu a 12 de julho e a última vai acontecer a 9 de setembro.
As super luas ocorrem quando a fase de lua cheia coincide com a passagem da Lua, na sua órbita de 27,32 dias em torno da Terra, no ponto mais próximo entre os dois astros. Nestas ocasiões o disco lunar surge maior no céu.
A Super Lua captada por Oleg coincide com a chuva de meteoros Perseidas, um dos eventos mais esperados do calendário astronómico, cuja observação pode, no entanto, ser inviabilizada pelo brilho invulgarmente intenso da Lua. Dr. Bill Cooke da NASA confirma que, de facto, o "brilho lunar deve apagar o pano de fundo negro necessário para ver meteoros, e reduz drasticamente a possibilidade destes serem observados."


 

2º Facto: Um raio laser não se vê no espaço

Um laser é um feixe de luz altamente focado- tando que nenhum dos seus fotões se desvia da sua rota e nos entra nos olhos a não ser que sejam refletidos por partículas de pó. No vácuo quase perfeito do espaço não há matéria, logo, os lasers são invisíveis apesar do que se vê em muitos filmes de ficção cientifica.

 

domingo, 10 de agosto de 2014

1º Facto: 84% do volume da Terra é rocha derretida

     A maior parte do volume da Terra está no manto, uma camada rochosa com 2 970 Km de espessura, entre o núcleo e a crusta do planeta. Apesar de as temperatura atingirem 4 300ºC perto do núcleo, a maior parte do manto é solida devido à enorme pressão a que esta sujeito.
     Os terramotos são uma importante fonte de informação sobre o que jaz por baixo dos nossos pés. Ao estudarem como é que as ondas sísmicas se espalham pelo planeta, os geólogos conseguem inferir a sua estrutura. Certas ondas, por exemplo, não conseguem passar através de líquidos levando os cientistas a concluir que o núcleo exterior da Terra é liquido.
Núcleo interno: No coração do nosso planeta existe uma esfera de ferro solido com 2 400 Km de diâmetro.
Núcleo externo: O núcleo externo liquido (com cerca de 2 270 Km de espessura) é composto sobretudo por uma liga de ferro e níquel.
Manto inferior: Rochoso e com uma espessura de 2 970 Km, é solido graças a uma enorme pressão.
Manto superior: A rocha derretida dos 700 Km superiores é suficientemente liquida para fluir devagar.
Crusta: Com uma espessura de entre 5 a 40 Km a crusta é a camada mais fina da Terra.