Biodiversidade das Berlengas mais
mediterrânica
A fauna e a flora subaquáticas das
Berlengas, ao largo de Peniche em pleno Atlântico, estão cada vez mais
mediterrânicas, afirmam os cientistas que estão até dia 30 a participar naquela
que é a maior expedição científica à zona.
Desde segunda-feira a bordo do antigo bacalhoeiro 'Creoula', Estibaliz
Berecibar parte para mais um mergulho, em conjunto com outros investigadores, em
busca dos muitos segredos ainda por revelar pela riqueza subaquática das
Berlengas, Reserva da Biosfera da Unesco.
O arquipélago é considerado o maior viveiro natural da costa oeste atlântica, não só por ser a fronteira entre as águas frias e quentes, mas também por beneficiar da proximidade ao Canhão da Nazaré.
O mergulho, entre os mais de 24 já realizados a 30 metros de profundidade, veio a revelar-se numa nova descoberta. Pela primeira vez, a investigadora observou nas Berlengas duas espécies de algas ('gloiocladia microspora' e 'digenea simplex') típicas do Mar Mediterrâneo, à semelhança de outras.
Após observar fenómenos de emigração idênticos em relação a outras espécies, a bióloga acredita cada vez mais que "as Berlengas são o limite norte para muitas espécies do Mediterrâneo", que nos últimos anos começaram a expandir-se para a costa oeste do Atlântico.
"A paisagem debaixo de água está a ficar mais tropicalizada", afirma, e uma das justificações apontadas pode estar relacionada com as alterações climáticas.
O arquipélago é considerado o maior viveiro natural da costa oeste atlântica, não só por ser a fronteira entre as águas frias e quentes, mas também por beneficiar da proximidade ao Canhão da Nazaré.
O mergulho, entre os mais de 24 já realizados a 30 metros de profundidade, veio a revelar-se numa nova descoberta. Pela primeira vez, a investigadora observou nas Berlengas duas espécies de algas ('gloiocladia microspora' e 'digenea simplex') típicas do Mar Mediterrâneo, à semelhança de outras.
Após observar fenómenos de emigração idênticos em relação a outras espécies, a bióloga acredita cada vez mais que "as Berlengas são o limite norte para muitas espécies do Mediterrâneo", que nos últimos anos começaram a expandir-se para a costa oeste do Atlântico.
"A paisagem debaixo de água está a ficar mais tropicalizada", afirma, e uma das justificações apontadas pode estar relacionada com as alterações climáticas.
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