sexta-feira, 11 de abril de 2014

Grande tubarão branco transatlântico pode estar grávida


O primeiro grande tubarão branco - uma fêmea - visto a atravessar o Oceano Atlântico de um lado ao outro pode estar grávida, segundo o responsável pela expedição que está a segui-lo
Lydia, como foi chamado o tubarão fêmea, foi sinalizado por satélite na costa da Florida no ano passado para permitir aos cientistas seguir os seus movimentos. O projeto foi iniciado para reunir dados sobre os movimentos, a biologia e a saúde dos tubarões para fins de preservação da espécie, bem como para a segurança e educação pública.

Chris Fischer, líder e fundador da organização de defesa de tubarões brancos "Ocearch" disse à BBC estar convencido que Lydia pode estar grávida e que terá sido por motivos ligados ao parto que o animal se dirigiu para o Mediterrâneo.

Lydia, que desde a sua sinalização já percorreu cerca de 30500 quilómetros, partiu da Nova Escócia (Canadá) e no domingo a "Ocearch" anunciou que tinha cruzado a Crista Médio-Atlântica. Apesar de muitas vezes se argumentar que as águas destes locais são muito frias para tubarões, Fischer afirma que estes animais "têm a capacidade de lidar com temperaturas de água muito baixas por longos períodos de tempo". O animal dirige-se agora em direção ao Reino Unido, onde já foram avistados grandes tubarões brancos anteriormente, embora não haja certezas para onde vai seguir.

Segundo os especialistas, o tubarão está saudável e reprodutivamente madura. Fischer disse à BBC que "se tivesse que adivinhar, diria que Lydia está grávida, que foi para mar aberto durante o tempo da gestação e que na primavera deste ano vai direcionar-nos para onde esses tubarões brancos bebés vão nascer". O responsável pela expedição acrescentou ainda que, da sua experiência, arriscaria afirmar que o parto seria no Mediterrâneo, perto da Turquia, mas que a imprevisibilidade do animal poderia fazer com que, a qualquer momento, voltasse para a Florida.

Milhões de tubarões são capturados todos os anos para remover as suas barbatanas, que são altamente valorizadas para fazer sopa de barbatana de tubarão e para curas tradicionais em alguns países asiáticos. Uma das mais recentes capturas de tubarões sinalizados pela "Ocearch" foi na Póvoa do Varzim.

O projeto "Ocearch" já marcou quase 150 tubarões, incluindo não apenas os grandes brancos, mas também tubarões-martelo, tubarões-tigre e outras espécies.

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