sábado, 16 de agosto de 2014

7º Facto: A pedra pomes é a única que flutua



A pedra pomes forma-se quando lava quente altamente pressurizada é ejectada de um vulcão. A queda repentina de pressão e o arrefecimento rápido a pressionam bolhas de gás na rocha, dando-lhe menor densidade do que a agua.

6º facto: Os músculos lembram-se

     A primeira vês que faz uma acção- como atar sapatos-, é estranho, mas com repetições suficientes torna-se natural. O cérebro guarda conjuntos de informações motoras, permitindo executar varias tarefas sem esforço consciente. A memoria muscular é repetida durante muito tempo, logo, é raro perder completamente capacidades como conduzir.

5º Facto: As borboletas provam com as plantas



     A região terminal das patas posteriores das borboletas, cujo nome técnico é tarso, é revestida de quimiorrecetores- minúsculos órgãos que lhes permitem saborear algo pousado nele. Esta particularidade anatómica permite a uma fêmea escolher uma folha para as suas lagartas comerem antes de por os ovos. De forma mais genérica , após ver uma flor de aspecto saboroso, uma borboleta pode provar uma amostra antes de pousar para comer.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Trigémeos panda nasceram na China

São os primeiros trigémios de panda gigante a sobreviver. A notícia é dada com cautela, enquanto os pequenos animais se instalam no mundo dentro de uma incubadora num parque animal, na China.
Um zoológico chinês divulgou, esta terça-feira, fotografias de três filhotes de panda-gigante que, segundo a France Presse, são os primeiros trigémeos do animal a sobreviver no mundo. Nas fotografias vêem-se um dos filhotes de Juxiao, a mãe, dentro de uma incubadora no Chimelong Safari Park em Guangzhou, na província chinesa de Guangdong.


Os panda-gigante (ainda pequeninos) nasceram na sequência de procedimentos de inseminação artificial. O nascimento das três crias é visto como um milagre, devido à baixa taxa de reprodução de pandas gigantes.
Em comunicado divulgado hoje, a instituição afirma que os filhotes seriam os únicos trigémeos de panda sobreviventes. No entanto, autoridades do mundo animal ainda consideram que os animais são muito jovens para serem classificados como sobreviventes, mas ainda assim são os únicos trigémeos de panda vivos no mundo.
Também hoje, o Telegraph fala na possibilidade da panda Tian Tian, residente no Jardim Zoológico de Edimburgo (Escócia), estar grávida e poder dar à luz no final deste mês. Responsáveis do zoo têm monitorizado Tian Tian desde que ela foi inseminada artificialmente no dia 13 de abril.
Iain Valentine, diretor de pandas no zoológico, disse que "isto tudo é ciência muito nova e complexa e ainda vamos a tempo para que, tal como no ano passado, a perda tardia de um filhote permaneça inteiramente possível", confessou ao jornal britânico referindo-se ao aborto da fêmea Tian Tian, após esta ter sido inseminada artificialmente.

Durante os últimos anos têm sido várias as iniciativas de aviso para o risco de extinção do panda- gigante e para recolha de alguns fundos para a sua proteção. O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) alertou, em 2009, para o desaparecimento em duas ou três gerações do panda-gigante na China, devido o rápido crescimento económico que tem vindo a destruir o habitat natural destes animais, o que dificulta a sua reprodução.
Na mesma altura contabilizavam-se cerca de 1600 pandas a viverem em liberdade na China, a maioria nas províncias de Sichuan (sudoeste), Shaanxi (Norte) e Gansu (noroeste). No entanto, as estimativas da WWF apontavam para 43% dos habitats naturais que não eram áreas protegidas, nos quais continuam a ser construídas infraestruturas que restringem a liberdade de movimentos do panda-gigante, obstruindo rotas de migração e prejudicando a saudável troca de genes entre representantes da espécie.


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

4º Facto: A Torre Eiffel pode ter mais 15 cm no verão

     Quando uma substancia e aquecida, as suas partículas movem-se mais e ocupam mais volume - a isto chama-se dilatação térmica. Já uma descida de temperatura fá-las contraírem-se novamente. O nível de mercúrio dentro de um termómetro, por exemplo, sobe e desce conforme o volume de mercúrio muda com a temperatura ambiente. Este efeito é mais acentuado em gases mas também ocorre em líquidos e sólidos como o ferro. Por isso, grandes estruturas como pontes são construídas com juntas de dilatação que lhes dão margem para se expandirem e contraírem sem causar danos.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

3º Facto: Os bebés têm cerca de mais cem ossos que os adultos

     Os bebés têm cerca de 300 ossos quando nascem, com cartilagem entre eles. Esta maior flexibilidade ajuda-os a passar pelo canal de parto e permite um crescimento rápido. Com a idade, muitos ossos fundem-se, ficando 206, que compõem um típico esqueleto adulto.

 

Cientistas portugueses estudam a geologia de Marte

Equipa internacional liderada pela Universidade de Coimbra analisa a geologia de Marte com métodos idênticos aos aplicados na Terra.
Pela primeira vez, métodos de datação morfológica de falhas utilizados na Terra foram aplicados em Marte para estimar as taxas de erosão do planeta vermelho.
marteO estudo, desenvolvido por uma equipa internacional coordenada pelo investigador David Vaz, do Centro de Geofísica da Universidade de Coimbra (UC), acaba de ser publicado numa das mais importantes revistas das ciências planetárias – “Earth and Planetary Science Letters“.
A aplicação das mesmas técnicas utilizadas na Terra permitiu verificar que os movimentos das falhas tectónicas são muito maiores do que se pensava até agora, o que implica que a crosta marciana teve um grau de mobilidade muito maior do que era anteriormente assumido pela comunidade científica.
Os resultados indicam também que, pelo menos nos últimos 3 mil milhões de anos, as condições atmosféricas na superfície de Marte terão sido hiperáridas (com taxas de erosão mil vezes menores do que as existentes na Terra).
David Vaz
David Vaz
Os resultados do estudo, segundo David Vaz, «são relevantes para compreender a história geológica de Marte e avaliar o grau de mobilidade da crosta deste enigmático planeta. Estes resultados permitem também verificar que Marte é cada vez mais um planeta deserto e inóspito».
As técnicas foram aplicadas em duas regiões com diferentes idades, mas os investigadores pretendem estender o estudo a todo o planeta, o que permitirá datar e compreender as mudanças climáticas que ocorreram ao longo da história geológica de Marte.

Chegou a nadar, mas volta a voar: Ludo, a foca-cinzenta, é hoje devolvida à costa inglesa na Cornualha

Ludo, a foca-cinzenta arrojada, que esteve sete meses em recuperação no Porto de Abrigo do Zoomarine, viajou esta terça-feira, de avião, para a Cornualha, no sudoeste de Inglaterra, onde, dentro de dias, regressará ao mar.
Em Janeiro, a pequena foca-cinzenta não tinha nome, não tinha família, estava perdida e pesava apenas 18 quilogramas… Mas apenas sete meses volvidos, a evolução é fantástica: o peso mais que duplicou (é, agora, de 48 quilos), o comportamento tornou-se muito mais intenso e curioso e, claro, “evoluiu” de uma anónima “Halichoerus grypus” para o «Ludo».

A história do «Ludo» começou várias semanas antes de arrojar, a 4 de Janeiro, na Praia da Mareta, em Sagres, numa altura de fortes temporais antes de toda a costa atlântica.
Tratava-se de uma cria de foca que havia sido desmamada e que, por força do destino (e das correntes, marés e natações de um bebé inexperiente, devido às suas poucas semanas de vida), havia sido arrastada para as costas de Portugal Continental.
foca cinzentaAventura técnica e biológica envolveu quase oito meses de trabalho e cuidado, dezenas de profissionais, centenas de documentos, vários veículos, duas empilhadoras, duas ou três máquinas fotográficas, uma aeronave da TAP…e uma foca
No entanto, com a intervenção da equipa de reabilitadores afetos ao Porto d’Abrigo do Zoomarine (equipa que inclui biólogos marinhos, veterinários, enfermeiros-veterinários, técnicos de nutrição, técnicos de qualidade de água, entre muitos outros), o «Ludo» está agora muito maior, muito mais forte e apto a tentar um regresso ao meio selvagem.
Devido à área natural de distribuição da espécie, a devolução ao Oceano não poderá ser feita em Portugal, mas sim na costa Sudoeste de Inglaterra, para onde o Porto d’Abrigo do Zoomarine já reenviou outras focas, após terminarem a sua reabilitação.

Desta forma, e repetindo a cooperação com a TAP-Cargo, o «Ludo» irá hoje viajar numa caixa especial colocada na cabine do voo da TAP para Heathrow, onde a esperará uma equipa do Cornish Seal Sanctuary, em Gweek (Cornualha).

Para que a viagem seja rápida e segura, a TAP-Cargo, uma vez mais, adaptou a cabine de uma das suas aeronaves, de modo a que a foca possa viajar junto da sua equipa de reabilitadores, de um representante do ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e de três profissionais da TAP. Será esta equipa que documentará a operação e, acima de tudo, que assegurará, minuto a minuto, o bem-estar e conforto do «Ludo».

A saída do Zoomarine deve ter decorrido há pouco, pelas 14h00, com o voo a partir do Aeroporto de Lisboa marcado para as 19h00.

Após a chegada ao Cornish Seal Sanctuary, o «Ludo» permanecerá alguns dias em aclimatação, após o que o seu regresso ao Oceano Atlântico será incontornável.

Será então que se fechará uma aventura técnica e biológica que envolveu quase oito meses de trabalho e cuidado, algumas dezenas de profissionais, centenas de documentos, vários veículos, duas empilhadoras, duas ou três máquinas fotográficas, uma aeronave da TAP e, claro, uma muito curiosa, muito ativa e muito, mesmo muito sortuda foca bebé…
 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A Lua no horizonte é realmente maior?

Diz-se que a Lua junto ao horizonte parece maior do que quando a vemos mais alta. Todos nos apercebemos disso. Mas é realidade, ilusão ou pura confusão? Vamos desfazer o mito!

A distância média da Terra à Lua, entre os centros destes dois astros, é de cerca de 384 400 km. No entanto, a órbita lunar em torno da Terra tem a forma de uma elipse, descrita em cerca de 27,3 dias, pelo que a distância Terra-Lua não é constante: varia entre cerca de 363 299 km (perigeu), em que a Lua parece maior, até 405 507 km (apogeu), onde é vista com menor diâmetro aparente.
Isso é real e pode medir-se, mas aqui o nosso objetivo é outro: como se explica a diferente perceção visual do diâmetro aparente da Lua, na mesma noite, a diferentes alturas em relação ao horizonte?
Desde que a Lua nasce até ao momento em que atinge a sua altura máxima na mesma noite, passam pouco mais de cinco horas. Por isso, a distância Terra-Lua pouco varia num intervalo de tempo tão curto e podemos considerar, praticamente, essa distância como constante. É a rotação da Terra que nos dá a ilusão se a Lua se mover no céu durante essas poucas horas.
Podem adiantar-se muitas tentativas para justificar a perceção de uma Lua maior junto ao horizonte, a nascente ou a poente: maior proximidade, dizem alguns; pura ilusão, afirmam outros; perceção errónea, para outros ainda. Qual será a explicação para isto?

Figura 1
A Figura 1 mostra como varia a distância da Lua em relação a um observador terrestre, desde que ela nasce até à sua altura máxima. É a Terra que roda, mas o observador, sentindo-se parado, tem a ilusão de que a Lua sobe no céu (movimento aparente).
Mostram-se três posições da Lua em relação ao observador: no horizonte (H), à distância dH; a 45º de altura, à distância d45; no zénite (Z), à distância dZ, situação impossível para a latitude do território português, onde a Lua não excede 76º acima do horizonte.
Por razões de clareza, a distância da Terra à Lua não foi representada à escala, mas as dimensões relativas da Terra e da Lua estão na mesma escala.
Podemos ver que dH é maior do que dZ, por um excesso igual ao raio terrestre (6378 km); junto ao horizonte, a Lua está 1,6% mais longe do observador do que quando se encontra no zénite (se isso for possível para esse observador).
E a 45º de altura está mais longe do que no zénite e mais perto do que quando a vemos no horizonte (a 45º, a Lua está, contas feitas, a menos 71% do raio terrestre do que se estivesse no horizonte: diferença FC).
Mas se a Lua no horizonte está na realidade mais longe do observador do que quando aparece mais alta, como é que todos juramos vê-la maior? Uma distância maior deverá corresponder a um diâmetro aparente menor (e vice-versa). Portanto, o diâmetro aparente da Lua é máximo no zénite, um pouco menor a 45º de altura e ainda menor no horizonte.

Figura 2
Trata-se de um resultado surpreendente, contrário ao senso comum: a Lua junto ao horizonte apresenta de facto um diâmetro aparente menor (menos 1,2% do que em d45). Porque razão nos parece maior? O efeito de vizinhança, e os pormenores da paisagem muito mais próximos do que a Lua, contribuem para essa distorção de perceção (Figura 2). Mas podemos desfazer facilmente essa distorção percetiva.
Faça o Leitor a seguinte experiência simples, numa noite de Lua-cheia já muito elevada sobre o horizonte. Utilize um pedaço de vidro vulgar, colocado em frente dos olhos para ver a paisagem através do vidro e, ao mesmo tempo, refletir a imagem da Lua como se ela estivesse junto ao horizonte (Figura 2 (b)). Verá imediatamente que a Lua lhe parece muito maior.
E pode fazer o inverso: de costas para a Lua cheia muito junta ao horizonte, faça, por reflexão, com que ela pareça estar a grande altura: vai parecer-lhe menor!
Veja o artigo mais desenvolvido em http://apaa.co.pt/Rev43/revista_43_FINAL.pdf (págs. 16-20).
 

Cientistas alertam para intervenção urgente na Antártida

Cientistas alertam para as áreas de intervenção urgente na Antártida. A Nature publica a estratégia a seguir nos próximos 20 anos. O cientista polar português José Xavier é um dos autores deste artigo.
A Antártida é uma das regiões do planeta que tem mostrado sinais de mudanças ambientais bastante rápidas e profundas.
Para definir as prioridades científicas para os próximos 20 anos na região, a Scientific Committee on Antarctic Research (SCAR) reuniu 75 cientistas e decisores políticos, de 22 países, no passado mês de abril. José Xavier, do Instituto do Mar da Universidade de Coimbra (UC), foi o único cientista português a participar nesta cimeira científica.
As principais áreas de intervenção para as próximas duas décadas foram agora publicadas na prestigiada revista Nature (Six priorities for Antarctic science. Nature 512: 23-25).
Esta foi a primeira vez que a Comunidade Antártica Internacional formulou uma visão coletiva, através de discussões, debates e votações.
Partindo de inúmeras questões e problemáticas, os cientistas selecionaram 80 temas repartidos por 6 grandes áreas científicas: definir o alcance global da atmosfera da Antártida e do Oceano Antártico; compreender como, onde e porquê a camada de gelo que se encontra na Antártida (ice sheet) perde massa; revelar a história da Antártida; aprender sobre como a vida na Antártida evoluiu e sobreviveu; observar o espaço e o universo e reconhecer e mitigar a influência humana.
José Xavier, coautor do artigo da Nature, realça que «foi excelente reunir alguns dos melhores especialistas do mundo para definir as áreas estratégicas de investigação. O que se está a passar na Antártida, como o degelo, mudanças da circulação do oceano e a recuperação da camada de ozono, possui consequências globais, seja no clima, no nível da água do mar, na biodiversidade ou na sociedade».
Como coordenador da sessão que reuniu especialistas sobre a vida no Oceano Antártico e Ecologia (Southern Ocean Life & Ecology), José Xavier teve um papel muito ativo na reunião: «concluímos que existem ainda muitas questões científicas importantes por responder. É essencial perceber, por exemplo, quais as espécies que nos podem levar a compreender o funcionamento do Oceano Antártico, que espécies poderão extinguir-se no futuro próximo e como as alterações climáticas afetam, e poderão afetar, as pescas no Oceano Antártico».
Para abordar estas questões levantadas pela comunidade internacional, o investigador da UC defende que «é fundamental haver esforços internacionais coordenados de modo a maximizar o retorno científico enquanto se reduz o impacto humano. Para Portugal, país que possui um pequeno grupo de equipas que fazem ciência nas regiões polares, isso faz todo o sentido!»
 

Definir as grandes prioridades da ciência na Antártida: porque é importante e porquê só agora?

Setenta e cinco cientistas e decisores políticos de 22 países reuniram-se para concordar nas prioridades da investigação na Antártida para as próximas décadas. É a primeira vez que a comunidade científica Antártica formulou tal visão coletiva, obtida através de debates, discussões e votações.
As perguntas lógicas a responder desde já são: porque é importante isso agora? Quais são essas prioridades científicas? O que é preciso para responder satisfatoriamente a essas prioridades?
A Antártida é maior do que o continente europeu, e as mudanças que estão a ocorrer agora nessa região, como a perda de gelo, mudanças na circulação das correntes e a melhoria da camada de ozono possui consequências globais, em todo o planeta.
O que acontece lá pode afetar-nos em Portugal, no Japão, nos Estados Unidos ou em Moçambique, seja através, por exemplo, pelo aumento do nível das águas do mar, através das condições climáticas ou nas mudanças da biodiversidade.
Além disso, a região Antártica também possui recursos marinhos e terrestres que precisam de ser bem geridos ou protegidos.
Nessa reunião que ocorreu em Abril de 2014 na Nova Zelândia, os participantes reduziram mais de 1000 questões científicas propostas pela comunidade científica, para as 80 mais importantes.
Estas questões mais importantes, publicadas na última edição da revista Nature, caíram em 6 grandes temas, desde em definir a influência da atmosfera e do Oceano Antártico no resto do planeta (por exemplo como é que as interações entre o oceano, a atmosfera e o gelo controla a taxa das alterações climáticas?), a compreender como, onde e porquê as camadas de gelo, que estão no continente, estão a diminuir, a conhecer melhor a historia geológica da Antártida (registos do gelo, rochas e sedimentos são necessários para compreender o passado climático), a compreender como a vida na Antártida evoluiu e sobreviveu, a observar o espaço e o Universo (esta é uma das melhores regiões do planeta para observar o espaço) a reconhecer e mitigar a influência humana na Antártida.
Para responder às 80 questões mais importantes, é necessário promover as colaborações e cooperações entre nações, maximizando o retorno científico e reduzindo o impacto humano na região.
Também é necessário que os programas científicos possuam financiamento estável e a longo prazo, e que o acesso ao continente para fazer ciência melhore.
Para mais, medidas de proteção ambiental da Antártida precisam de ser reforçadas. Por exemplo, devido o aumento do turismo, o risco de introdução de espécies não indígenas e de acidentes poderá aumentar.
O Tratado da Antártida, que é responsável pela governação da região, também tem sido testado com o aumento de pressões associadas ao ambiente e a interesses económicos.
O futuro deverá passar por encorajar a criação de projetos internacionais e interdisciplinares, cooperação na partilha de dados e disseminação do conhecimento para os decisores políticos e o público.
Sem dúvida, comunicar a importância global da Antártida é uma prioridade e explicar como a região afeta e é influenciada pela nossa vida diária, deverá ser também o dever da comunidade científica.
Agora, caro leitor, já sabe dizer o porquê da importância da Antártida para o planeta!
 

Kepler-91b é mesmo um (exo)planeta


Recorrendo ao método das velocidades radiais, uma equipa de investigação liderada por espanhóis concluiu, a partir da medição da massa, que Kepler-91b é, de facto, um planeta.
Os resultados da investigação foram publicados no último número da revista Astronomy & Astrophysics. A partir de dados recolhidos no Observatório de Calar Alto (Almería), os cientistas põem fim à controvérsia em torno da natureza de Kepler-91b, um corpo que alguns caracterizavam como planeta de uma estrela gigante e outros como estrela binária eclipsante.
Kepler-91b mede em 1,09 vezes a massa de Júpiter, tendo sido determinado que o diâmetro do objeto seria de 1,38 vezes o diâmetro de Júpiter, contando assim como o primeiro exoplaneta confirmado. Por orbitar tão próximo da estrela KIC 8219268, estima-se que 10 % de todo o céu de Kepler-91b seja ocupado pela mesma. Uma vez tão próximo da estrela gigante, os cientistas afirmam que lhe resta apenas 1% de vida, pois será eventualmente engolido pela própria estrela.
"Conseguimos confirmar, de forma completamente independente e utilizando instrumentação espanhola projetada e desenvolvida no Observatório de Calar Alto, a natureza de Kepler-91b; um planeta que será engolido pela sua estrela e que nos mostra o que acontecerá no Sistema Solar dentro de 4500 milhões de anos" indicou o astrofísico Jorge Lilo-Box, um dos líderes da equipa de investigação.

Criado chip informático inspirado no cérebro humano

Num artigo da revista Science, Paul Merolla e a sua equipa da Universidade de Stanford (Califórnia) apresentaram um novo modelo de chip de computador inspirado pelo cérebro humano que permitirá a novos dispositivos tecnológicos processar a transmissão de dados sensoriais, noticiou o El Mundo.
O TrueNorth, revelado no dia 8 de agosto, foi construído de forma diferente dos chips convencionais que separam a memória do processador, exigindo conectores para transferir dados entre eles. Este novo modelo de chips não necessita deles, tal como o cérebro humano. Também à semelhança desse órgão, o chip será capaz de executar ações somente quando for necessário, reduzindo bastante a potência e, consequentemente, o consumo energético.
Esta nova tecnologia poderá depois possibilitar, por exemplo, a criação de óculos para cegos que façam uma análise do ambiente que os rodeia, permitindo-lhes "caminhar com segurança pelas ruas de qualquer cidade sem necessidade de uma conexão wi-fi", explicaram os investigadores ao El Mundo.
A pesquisa dos investigadores americanos foi aprovada num trabalho da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), que consistiu em reconhecer objetos e pessoas num determinado cenário. Os resultados do teste revelaram que o projeto não é apenas eficiente em termos de energia, mas também é extensível no sentido em que o TrueNorth se pode diversificar, construindo novos sistemas.

Astronauta tira fotos impressionantes da Super Lua

Um astronauta da Estação Espacial Internacional colocou no Twitter fotos impressionantes da expressiva Super Lua que se fez notar por todo o mundo no domingo.
Oleg Artemyev, um astronauta russo da Estação Espacial Internacional, partilhou na sua página do Twitter quatro fotos da Super Lua, fenómeno que se fez notar ontem nos céus portugueses e de todo o mundo. Oleg conseguiu captar o momento em que a Lua se esconde atrás da Terra, num verdadeiro "pôr-de-lua".
Esta é a segunda e a mais expressiva das três Super Luas previstas para se verificarem este ano. A primeira ocorreu a 12 de julho e a última vai acontecer a 9 de setembro.
As super luas ocorrem quando a fase de lua cheia coincide com a passagem da Lua, na sua órbita de 27,32 dias em torno da Terra, no ponto mais próximo entre os dois astros. Nestas ocasiões o disco lunar surge maior no céu.
A Super Lua captada por Oleg coincide com a chuva de meteoros Perseidas, um dos eventos mais esperados do calendário astronómico, cuja observação pode, no entanto, ser inviabilizada pelo brilho invulgarmente intenso da Lua. Dr. Bill Cooke da NASA confirma que, de facto, o "brilho lunar deve apagar o pano de fundo negro necessário para ver meteoros, e reduz drasticamente a possibilidade destes serem observados."


 

2º Facto: Um raio laser não se vê no espaço

Um laser é um feixe de luz altamente focado- tando que nenhum dos seus fotões se desvia da sua rota e nos entra nos olhos a não ser que sejam refletidos por partículas de pó. No vácuo quase perfeito do espaço não há matéria, logo, os lasers são invisíveis apesar do que se vê em muitos filmes de ficção cientifica.

 

domingo, 10 de agosto de 2014

1º Facto: 84% do volume da Terra é rocha derretida

     A maior parte do volume da Terra está no manto, uma camada rochosa com 2 970 Km de espessura, entre o núcleo e a crusta do planeta. Apesar de as temperatura atingirem 4 300ºC perto do núcleo, a maior parte do manto é solida devido à enorme pressão a que esta sujeito.
     Os terramotos são uma importante fonte de informação sobre o que jaz por baixo dos nossos pés. Ao estudarem como é que as ondas sísmicas se espalham pelo planeta, os geólogos conseguem inferir a sua estrutura. Certas ondas, por exemplo, não conseguem passar através de líquidos levando os cientistas a concluir que o núcleo exterior da Terra é liquido.
Núcleo interno: No coração do nosso planeta existe uma esfera de ferro solido com 2 400 Km de diâmetro.
Núcleo externo: O núcleo externo liquido (com cerca de 2 270 Km de espessura) é composto sobretudo por uma liga de ferro e níquel.
Manto inferior: Rochoso e com uma espessura de 2 970 Km, é solido graças a uma enorme pressão.
Manto superior: A rocha derretida dos 700 Km superiores é suficientemente liquida para fluir devagar.
Crusta: Com uma espessura de entre 5 a 40 Km a crusta é a camada mais fina da Terra.

50 factos incriveis sobre a ciência


Da geologia da Terra à complexidade do corpo humano ate aos limites distantes do espaço, o nosso blogue apresenta alguns factos fascinantes que o deixarão maravilhado.









SFilipeFerreira

 

Hoje há super-Lua mas as nuvens podem estragar a noite




Este fenómeno é o mais expressivo dos três que ocorrem neste ano. A Lua nasce às 20.16, hora de Lisboa, e se o horizonte estiver descoberto mostrará uma Lua maior do que é comum. Planetário faz observações
Hoje a Lua ergue-se no horizonte quando forem 20.16 e, se não houver nuvens no céu, volta a mostrar-se como uma super Lua. Em fase de lua cheia e a passar, mais minuto, menos minuto, pelo ponto da sua órbita que fica mais próximo da Terra (o perigeu) surgirá aparentemente maior do que é costume. Por isso lhe chamam super. Esta é a segunda do ano - a primeira ocorreu a 12 de julho e a próxima vai acontecer a 9 de setembro - e é também a mais expressiva de todas.
As super luas ocorrem quando a fase de lua cheia coincide com a passagem da Lua, na sua órbita de 27,32 dias em torno da Terra, no ponto mais próximo entre os dois astros. Nestas ocasiões o disco lunar surge maior no céu. O contrário também é verdade: quando a lua cheia ocorre na passagem do ponto mais distante da Terra, o apogeu, o disco lunar surge também um pouco mais pequeno no céu.
Leia mais pormenores no e-paper do DN



De: Diário de Noticias

sábado, 9 de agosto de 2014

Células "secundarias" do sistema nervoso são afinal cruciais

António Pinto-Duarte, cientista português do Instituto de Medicina Molecular e do Instituto de Farmacologia e Neurociências da Faculdade de Medicina de Lisboa, é co-autor de um artigo saído no jornal PNAS. O estudo é sobre astrócitos, as células não-neuronais do sistema nervoso que até à muito pouco tempo se pensava terem um papel secundário no sistema nervoso, fazendo de background no cérebro e “apoiando” os neurónios mas sem qualquer papel na transmissão do impulso nervoso.




Sabe-se agora não ser verdade e já se descobriu que os astrócitos são capazes de regularem a transmissão de informação entre neurónios.

No estudo que agora saiu com origem no Salk Institute for Biological Sciences, onde António Pinto-Duarte se encontra actualmente,, descobriu-se que os astrócitos têm afinal um papel importante na modulação rápida dinâmica de redes neurais que sabemos estar por detrás do comportamento cognitivo e processamento de informação.

Criando um ratinho transgénico onde os astrócitos podiam ser reversivelmente bloqueados, o estudo mostrou que estas células são cruciais para o reconhecimento de objectos novos e para manter as oscilações gama em animais acordados (estas oscilações eléctricas no sistema nervoso sabem-se ser cruciais em varias funções cognitivas e são tipicamente anormais em doentes com uma variedade de doenças psiquiátricas, da Alzheimer à esquizofrenia.

Surto de ebola já matou 961 pessoas em 2014

Os mortos pelo surto do ebola no Oeste da África chegam a 961. Segundo dados divulgados hoje (8) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), entre os dias 5 e 6 surgiram 68 novos casos e 29 mortes na Guiné, em Serra Leoa, na Libéria e na Nigéria. Até agora, 1.779 pessoas contraíram a doença nos quatro países este ano.
A Guiné não teve nenhum novo caso entre os dias 5 e 6. No mesmo período, a Libéria teve 38 casos, com 12 mortes, Serra Leoa com 36 casos e 12 mortes e a Nigéria, país com o menor número de ocorrências, teve quatro novos casos e uma morte. A OMS declarou hoje que o surto de febre hemorrágica pelo vírus ebola é uma emergência de saúde pública de alcance mundial.
Na segunda-feira a OMS fará um painel de especialistas de ética médica para começar a considerar o uso de tratamentos experimentais para o controle da epidemia. Ainda não existem medicamentos registados ou vacinas contra o vírus, no entanto, segundo a organização, várias opções experimentais estão em desenvolvimento. Esta semana um americano que contraiu o vírus apresentou melhora depois de começar um tratamento experimental.
Segundo o Ministério da Saúde, não há casos de ebola no Brasil. Para manter a situação, o governo brasileiro anunciou hoje (8), que reforçou os procedimentos em portos e aeroportos para a identificação de casos suspeitos e ativou um centro de operações de emergência para monitorar as informações sobre a doença no Brasil e no mundo.



De: Jornal do Brasil

Descobertas pegadas humanas com 800 mil anos


Os cientistas encontraram, pela primeira vez, pegadas humanas pré-históricas fora de África, na costa de Nortfolk, leste de Inglaterra. A descoberta é importante para identificar os primeiros seres humanos no Norte da Europa.
À BBC, Nick Ashton, do Museu Britânico, disse que as pegadas são "uma das descobertas mais importantes, se não a mais importante, feita nas praias da Grã-Bretanha", para além disso, irão "reescrever a nossa compreensão da ocupação humana no início da Grã-Bretanha e também da Europa".
Em maio do ano passado, a maré baixa, depois de uma temporada de forte agitação marítima, acabou por revelar as saliências identificadas, após a análise dos investigadores, como pegadas humanas.
"No início, não tínhamos a certeza do que estavámos a ver, mas depois ficou claro que as cavidades se assemelhavam a pegadas", relatou Ashton à BBC.
As pegadas foram lavadas e a equipa analisou-as em 3D. Ao ver as imagens, Isabelle De Groote, da Universidade John Moores de Liverpool, confirmou que as cavidades eram, de facto, pegadas humanas. Possivelmente, de acordo com a análise, serão de cinco pessoas, um adulto (que calçaria o número 42) e algumas crianças.
Embora não se possa, pelo menos para já, confirmar-se a espécie exata destes seres, os investigadores acreditam tratar-se de um antecessor do Homo que, outros estudos, confirmam ter vivido no sul da Europa. A espécie deverá ter passado para o Reino Unido através de uma faixa de terra que há um milhão de anos o ligava ao resto da Europa.
O processo de investigação foi filmado e o resultado será exibido numa exposição no Museu de História Natural de Londres, no final do presente mês.

Cratera do "fim do mundo" resulta do aquecimento global


O mistério da cratera detetada sexta-feira passada na península de Yamal (que se traduz por "o fim do mundo"), no norte da Sibéria, está resolvido. A expedição que tinha partido para investigar a descoberta diz tratar-se de uma consequência do aquecimento global e afasta a hipótese de meteorito.
As novas imagens mostram um lago no fundo da cratera, proveniente do permafrost derretido. No vídeo, disponibilizado no YouTube por um canal de televisão russo, vê-se a equipa científica no local.

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ELqw-m6rVhQ

Cientistas russos crêem que a cratera descoberta na península de Yamal, na Sibéria, se deve ao aquecimento global e não a um meteorito, como se tinha especulado no fim da semana passada. Em declarações ao Siberian Times, Andrei Plekhanov, investigador sénior no Centro para o Estudo do Ártico, disse que , a cratera era composta por 80% de gelo e não havia indícios de explosão e que, por isso, se eliminava a hipótese do buraco se dever à queda de um meteorito.
As declarações que davam como certa a explosão, através da observação das bordas "queimadas" do buraco, são assim desmentidas e Plekhanov salienta o fato de se ter tratado de uma ejeção, sem a libertação de calor, e não de uma explosão.
O russo também disse àquela publicação que "estão a trabalhar com imagens do espaço para perceber o momento exato da sua formação" e acrescentou que a cratera terá aparecido "há um ou dois anos", mas que ainda "temos de fazer os nossos testes e depois dizê-lo mais definitivamente". No fundo da cratera encontra-se um lago gelado, composto pela água que cai das paredes de permafrost em erosão.
As primeiras observações no local corroboram a teoria que indicava o aumento de temperaturas como gerador do mistério que espantou a comunidade científica, afastando as possibilidades que muitos internautas levantaram, incluindo a da aterragem de um OVNI. "Não há nada de misterioso aqui, é simplesmente a lei da Natureza com as suas pressões internas e mudanças de temperatura", disse Plekhanov.
Vladimir Pushkarev, diretor do Centro russo para o Estudo do Ártico crê que "é um fenómeno interessante, faz todo o sentido continuar o trabalho científico sobre ele e agora estamos a discutir as melhores maneiras de explorar o local".
Os peritos que se dirigiram ao local, acompanhados por um especialista do Ministério da Emergência, recolheram amostras do solo, do ar e da água. Composta por elementos do Centro para o Estudo do Ártico (da Rússia) e do Instituto da Criosfera da Academia de Ciência, a equipa ainda investiga as razões que levaram à aparição do buraco.
A peninsúla de Yamal é a principal zona de produção do gás que a Rússia fornece à Europa, cujo maior campo de extracção é Bovanenkovo, a 30 km da zona da cratera. A quantidade de gás no local pode tornar acontecimentos como este potencialmente perigosos. 

Homo Sapiens pode ter saído de África antes do já sabido


Um novo estudo sobre a migração dos primeiros homens modernos, de África para o resto do mundo, refere que este processo terá ocorrido muito antes do que se previu: há mais de 200 mil anos, diz a revista NewScientist.
Segundo aquela publicação científica, a visão aceite sobre os ancestrais diretos do Homem atual é a de que o 'Homo Sapiens' evoluiu em África há 200 mil anos e permaneceu aí até há 60 mil anos, antes de rumar para o resto do mundo, através da Ásia e Médio Oriente. Mas, uma equipa de investigadores da Universidade do Havai descobriu dois dentes, datados de há entre 70 mil e 125 mil anos, numa caverna de uma região autónoma de Guangxi, na China, que pode contrariar a tradicional história sobre como o 'Homo Sapiens' deixou África.  
"Com base nas proporções dos dentes, a equipa argumenta que pelo menos um deles deve ter pertencido a um dos primeiros 'Homo Sapiens', que viveu no Período Quaternário", refere a revista científica. 
Embora não esteja claro que os dentes pertençam a humanos modernos, uma vez que "muito pouco se sabe sobre como os dentes evoluíram ao longo dos milénios na Ásia", Erik Trinkaus, da Universidade de Washington em St. Louis, Missouri, afirmou que "um olhar mais atento na genética também sugere que houve uma migração mais cedo". 
Recentemente, uma equipa de investigadores, liderado por Katerina Harvati, da Universidade de Tübingen, na Alemanha, estudou o modelo de migração, analisando os genomas de populações indígenas do sudeste asiático.  
Os pesquisadores descobriram que os dados genéticos explicam um êxodo anterior de África há cerca de 130 mil anos por parte do 'Homo Sapiens', que usou a rota costeira ao longo da península Arábica, Índia e Austrália, e, um segundo êxodo, através da Ásia e Médio Oriente. 
Outros fósseis, com mais de 150 mil anos, encontrados em Israel reforçam a convicção dos paleontólogos sobre a migração do 'Homo Sapiens' há mais tempo do que os cientistas admitem.

Música favorece aprendizagem na escola



Estudo com crianças de meios desfavorecidos nos EUA mostrou que elas desenvolvem as áreas cerebrais da linguagem após dois anos de treino musical
Estudar música e tocar um instrumento melhora o desempenho escolar das crianças de meios desfavorecidos, com efeitos positivos concretos e mensuráveis na concentração e na linguagem, incluindo na escrita e na leitura. A conclusão é de um estudo de psicólogos e neurocientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, ontem divulgado numa conferência da American Psychological Association, em Washington.
Os resultados do estudo não surpreendem Cláudia Paiva, responsável na Câmara de Lisboa pelo programa Orquestra Gerações Lisboa, iniciado há três anos, que abarca três escolas da capital. "Há mudanças positivas no comportamento das crianças, elas aprendem a ouvir e ficam mais atentas", diz. Um estudo de 2012 do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT), da Universidade de Lisboa, confirma isso e verifica um aumento da autoestima e da motivação das crianças para a escola.
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Nuvens ameaçam esconder a Super Lua de domingo


A segunda Super Lua deste ano, e a mais expressiva, ocorre no domingo, dia em que o satélite natural da Terra estará próximo do horizonte e, por isso, aparentemente maior, informou o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
A Super Lua de domingo é, das três de 2014, a mais propícia para ser observada, porque os instantes do perigeu (ponto da órbita da Lua que fica mais próximo da Terra) e da Lua Cheia "estão apenas desfasados de 26 minutos" e "são próximos do instante do nascimento" da Lua, indica o OAL no seu portal.
A observação do fenómeno, porém, poderá ser uma tarefa difícil, uma vez que as previsões meteorológicas, consultadas pela Lusa, apontam para nebulosidade nalguns pontos do território nacional, como regiões Norte e Centro do continente e arquipélago da Madeira.
No arquipélago dos Açores, a tendência será para haver boas condições de céu noturno e, no continente, eventualmente nas regiões do Alentejo e do Algarve.
No domingo, a Lua estará no perigeu às 18:43 (hora de Lisboa) e em fase de Lua Cheia às 19:09. A Lua nasce às 20:16. No perigeu lunar, o satélite natural estará a 356.895 quilómetros da Terra.
Ao olhar humano, a Lua, por estar próxima do horizonte, parece maior, pura ilusão.
"Estando a Lua próxima do horizonte, ocorre um efeito extra de ampliação, mas que é apenas uma ilusão produzida por razões ainda não totalmente compreendidas pelos astrónomos e psicólogos", refere o OAL no portal.
Comparativamente à primeira Super Lua do ano, de 12 de julho, e à última, a de 09 de setembro, a de domingo é mais expressiva, por a Lua atingir a distância mínima da Terra em fase de Lua Cheia.
A distância média entre a Terra e a Lua é de 384.400 quilómetros e, no perigeu, é, em média, de 363.100 quilómetros.
João Retrê, diretor do Departamento de Mediação Científica do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, adiantou à Lusa que, no caso da Super Lua de 12 julho, os instantes do perigeu e da Lua Cheia estavam desfasados de 21 horas e um minuto, ao passo que, na de 09 de setembro, estarão 22 horas e sete minutos.
A Super Lua acontece pelo menos uma vez por ano, sempre em fase de Lua Cheia e quando a diferença entre os seus instantes e os do perigeu é menor do que um dia e oito horas.
Devido à variação da distância Lua-Terra no perigeu, nem todas as Super Luas têm o mesmo tamanho aparente e brilho, lembra o OAL.
Para assinalar o fenómeno, o Planetário Calouste Gulbenkian, em Lisboa, promove no domingo à noite uma sessão de 30 minutos, seguida de observação exterior, com binóculos e telescópio. A iniciativa tem entrada livre.